quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Solo de Clarineta

Há 113 anos nascia em Cruz Alta - RS um dos grandes nomes da literatura regionalista do Brasil. Érico Veríssimo nos deu de presente não só seu filho Luiz Fernando, mas também grandes obras que retratavam a história e a cultura popular brasileira, mesmo que direcionada aos gaúchos, nos permite traçar um paralelo com a conjuntura política e social de todo o país.

Muito mais que isso, Érico foi um grande enaltecedor das mulheres, criando personagens fortes, que mesmo sofredoras não deixavam a peteca cair, não só no contexto do século XX, como também no pré-farroupilha, quando obviamente a espécie feminina, como diria Adélia Prado, era ainda tão "envergonhada".

Em nome de todas as Anas, Bibianas, Clarissas, Fernandas e Olívias, agradeço ao Érico por acreditar nas nossas forças e contribuir por uma sociedade cada vez mais igualitária. Agradeço também em nome dos demais empolgados com a cultura e história do Brasil.

...

Na ocasião da morte do Érico, Drummond, meu conterrâneo querido, o escreveu essas palavras:

A falta de Erico Veríssimo

Falta alguma coisa no Brasil
depois da noite de sexta-feira.
Falta aquele homem no escritório
a tirar da máquina elétrica
o destino dos seres,
a explicação antiga da terra.

Falta uma tristeza de menino bom
caminhando entre adultos
na esperança da justiça
que tarda - como tarda!
a clarear o mundo.

Falta um boné, aquele jeito manso,
aquela ternura contida, óleo
a derramar-se lentamente.
Falta o casal passeando no trigal.

Falta um solo de clarineta.

...

p.s.: Por falar em literatura regionalista, tenho que fazer um post sobre os 70 anos do "Vidas Secas". Não vou esquecer, já fiz um post-it pra isso. Não fica bravo comigo Graciliano, tb te amo!rsrs

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Belo Horizonte um poema!!!

A capital mineira (e a capital mundial das mulheres lindas, inteligentes e charmosas...ta, parei) completa hoje seus singelos 111 aninhos, ou seja, ainda é uma criança que brinca rumo a identidade do seu povo, que na grande maioria são oriundos do interior do estado, o que da a cidade esse charmoso ar de "roça grande" onde todo mundo se conhece, fala um do outro e sempre tem uma boa alma disposta a nos "emprestar" um tiquim de café.

Temos uma religiosidade barroca e dramática entranhada na nossa tradição, que se apresenta tanto no nosso jeito desconfiado quanto na culinária temperada com "ora-pro-nobis" e principalmente pelas diversas vezes em que passamos em frente a uma igreja e fazemos o sinal da cruz. Não poderia ser diferente a história de uma capital erguida em torno de uma então capela de Nossa Senhora da Boa Viagem, santa de predileção dos tropeiros que viajavam pelas Minas Gerais e tinham o "Curral Del Rey" como ponto de encontro.

A vontade de se construir uma capital moderna, aos moldes de Washington, com edificações em art déco e posteriormente com todo o modernismo do ainda jovem Niemeyer, contrastaram com essa essência que o mineiro carrega no olhar e em seu jeitinho manso de falar.

Por isso, aviso aos navegantes: Não venham resumir Minas ou BH a um pão de queijo ou à igrejinha da pampulha, nada contra os dois, adoro, morro de orgulho, mas acredito que com esse breve texto deu pra entender que não só de queijo e polvilho se faz um mineiro.

...

e em homenagem a capital mais "interiorana", charmosa e democrática do país (ta, parei de novo...rs) uma musiquinha beeeeem marketeira, mas que enche meu coraçãozinho bairrista de emoção.

"Dias de sol
Noites de Luz
Belo Horizonte um poema
Traços que o arquiteto imaginou
Para deixá-la mais bela
um sabor
um clima
quem te vê
não esquece jamais
com sorrisos no olhar
abraços vou te dar
pra gente se encontrar
BH é o lugar!"

...

"Nossa Senhora da Boa Viagem, Rogai por Nós"

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Dia do Samba

Porque brasileiro que é brasileiro tem o seu sambinha no pé, ou ao menos no dedinho...

Não deixe o samba morrer

(Edson e Aloísio)

Não deixe o samba morrer
Não deixe o samba acabar
O morro foi feito de samba
De samba pra gente sambar

Quando eu não puder pisar
Mais na avenida
Quando as minhas pernas
Não puderem agüentar
Levar meu corpo
Junto com meu samba
O meu anel de bamba
Entrego a quem mereça usar

Eu vou ficar
No meio do povo espiando
Minha escola perdendo ou ganhando
Mais um carnaval

Antes de me despedir
Deixo ao sambista mais novo
O meu pedido final

Não deixe o samba morrer...

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Dia da Baiana do Acarajé

Não precisa ter ido pessoalmente à Bahia pra conhecer e entender a importância da figura da baiana do acarajé para a cultura brasileira. Ela é considerada a guardiã das tradições africanas no Brasil. O Portal da Cultura Negra fala mais sobre as homenageadas do dia.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Mostra Conteporânea de Arte Mineira

Pra quem mora ou está em Sampa, a melhor e mais incrível pedida do final de semana é sem dúvida a Mostra Contemporânea de Arte Mineira, não que eu seja bairrista (rs), mas com certeza pra quem gosta de música mineira, tanto as já consagradas como as do Lô Borges e cia e/ou tem interesse em conhecer o que mais ta rolando no cenário musical e cênico de todas as Gerais, é uma ótima oportunidade.

A mostra na verdade começou terça-feira, mas não lamente o que perdeu e aproveite o que ainda terá até amanhã no sesc pompéia.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Consciência Negra

Como todo mundo sabe, hoje é o dia de celebrar a consciência negra e nos perguntarmos como se dá o papel do negro na nossa sociedade. Este ano as comemorações estão ainda mais fervorosas graças a vitória de Hamilton na fórmula 1 e claaaaaaaro, pela histórica e emocionante eleição de Barack Obama nos Estados Unidos.

Ah, você é branco?não se engane, esse também é um problema seu, não fuja das discussões pertinentes ao tema e forme/dê sua opinião em relação às cotas por exemplo e de qual é sua participação nessa sociedade racista e preconceituosa. Se você é negro, também deve fazer jus à luta de zumbi (o homenageado do dia, pelos 413 anos do seu assassinato) e mostrar a força que tem, lutando muitas vezes contra o auto-preconceito.

Enfim, na verdade essa é a Semana da Consciência Negra, com certeza na sua cidade tem algum evento com muitas atividades que valem a pena...caso esteja no Rio, o ministério da cultura da a dica aqui...aproveitem!!!

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Dia da Bandeira!!!

Sim, hoje é o dia de celebrarmos nosso verde, amarelo, azul e branco.

Você sabe o que significa a única estrela que está acima dos dizeres "ordem e progresso"?

Muitos pensam que essa estrela representa o Distrito Federal (mesmo este sendo criado 50 anos depois da bandeira), mas não...segundo meu amigo Emanoel (durante a edição do mapeamento do genoma cultural brasileiro em Vila Velha - ES) e o wikipédia, essa é a estrela que representa o Estado do Pará, terra do Emanoel e atual residência da minha irmã do meio...enfim...Isso porque, na ocasião da proclamação da República, o Pará era o Estado que tinha sua Capital, Belém a mais setentrional do País.

Já o cruzeiro do sul representa os principais estados da época, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Espírito Santo.

encontre aqui a estrela correspondente ao seu Estado!


E sabe qual é o Hino da Bandeira?

se não sabe, é a hora de aprender!


Hino à Bandeira Nacional

Letra: Olavo Bilac
Música: Francisco Braga

Salve, lindo pendão da esperança,
Salve, símbolo augusto da paz!
Tua nobre presença à lembrança
A grandeza da Pátria nos traz.

Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!

Em teu seio formoso retratas
Este céu de puríssimo azul,
A verdura sem par destas matas,
E o esplendor do Cruzeiro do Sul.

Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!

Contemplando o teu vulto sagrado,
Compreendemos o nosso dever;
E o Brasil, por seus filhos amados,
Poderoso e feliz há de ser.

Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!

Sobre a imensa Nação Brasileira,
Nos momentos de festa ou de dor,
Paira sempre, sagrada bandeira,
Pavilhão da Justiça e do Amor!

Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!

sábado, 15 de novembro de 2008

15 de Novembro não poderia passar em branco

Há 119 anos a praça da Aclamação no Rio de Janeiro passava a se chamar Praça da República...


Seja um pálio de luz desdobrado.
Sob a larga amplidão destes céus
Este canto rebel que o passado
Vem remir dos mais torpes labéus!
Seja um hino de glória que fale
De esperança, de um novo porvir!
Com visões de triunfos embale
Quem por ele lutando surgir!

Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!

Nós nem cremos que escravos outrora
Tenha havido em tão nobre País...
Hoje o rubro lampejo da aurora
Acha irmãos, não tiranos hostis.
Somos todos iguais! Ao futuro
Saberemos, unidos, levar
Nosso augusto estandarte que, puro,
Brilha, avante, da Pátria no altar!

Liberdade! Liberdade!

Se é mister que de peitos valentes
Haja sangue em nosso pendão,
Sangue vivo do herói Tiradentes
Batizou este audaz pavilhão!
Mensageiros de paz, paz queremos,
É de amor nossa força e poder
Mas da guerra nos transes supremos
Heis de ver-nos lutar e vencer!

Liberdade! Liberdade!

Do Ipiranga é preciso que o brado
Seja um grito soberbo de fé!
O Brasil já surgiu libertado,
Sobre as púrpuras régias de pé.
Eia, pois, brasileiros avante!
Verdes louros colhamos louçãos!
Seja o nosso País triunfante,
Livre terra de livres irmãos!

Liberdade! Liberdade!


Lembrando que há 19 anos os brasileiros puderam ir as ruas, depois de mais de 20 anos de repressão para escolher o presidente do Brasil...enfim, o final dessa história a gente conhece bem, nos resta agora escrever os finais felizes de histórias que virão, fazendo valer esse direito democrático que muitos lutaram para nos garantir, lutando para assegurar o desejo dessa gente de "viver num país mais decente, com direito a esperança e uma vida diferente"...

É só você querer!

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Dia do Design (er)

Parabéns a nós, designers brasileiros, corajosos, pioneiros, militantes, promissores, dentre outros adjetivos que nos relacionam com pessoas que como diria Adélia Prado “Aceitam os subterfúgios que nos cabem sem precisar fingir”, carregando bandeiras, mesmo que muitas vezes estas sejam tão pesadas pra nós que ainda estamos engatinhando rumo ao reconhecimento.

Parabéns principalmente ao homem que deu origem a data de hoje, o pernambucano Aloísio Magalhães, pioneiro do Design brasileiro e grande defensor da cultura nacional, que nasceu dia 5 de Novembro de 1927 e morreu na Itália em 1982, quando tomava posse como Presidente da Reunião de Ministros da Cultura dos Países Latinos.

É uma pena que ainda são poucos os designers que se inspiram em Aloísio e um pouco paradoxal, talvez até desrespeitoso o fato de essa data que homenageia uma pessoa como ele ser usada pra comemorar o dia de uma “classe” tão separatista, egoísta e despreocupada com o social. Com exceções é claro, como por exemplo, os também pernambucanos que estão organizando o próximo Encontro Nacional de Estudantes de Design, onde abordarão os temas relacionados ao Design Social e com certeza encherão seu conterrâneo de alegria e orgulho onde quer que ele esteja.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Implicações do Estrangeirismo na Cultura Brasileira

Enfim inaugurarei meu blog. Espero poder neste espaço expressar todo meu interesse e entusiasmo em relação a cultura popular brasileira, relatando datas comemorativas, festividades populares e um pouco da minha experiência ministrando edições do “Mapeamento do Genoma Cultural Brasileiro” em Encontros de Estudantes de Design pelo Brasil.

Pra começar um artigo que trata justamente da importância da valorização da nossa cultura, principalmente para os designers desavisados...


Em 500 anos de história e miscigenação, o Brasil ainda vive no encalço da sua Identidade cultural. A Cultura européia trazida por Portugal, com toda sua religiosidade e conservadorismo, a africana trazida pelos escravos e cultura indígena, que já existia na ocasião da chegada das primeiras caravelas. Além de holandeses, italianos, alemães e japoneses espalhados em colônias pelo Brasil, somente para citar algumas das mais recorrentes colônias estrangeiras instaladas no país. Todo esse emaranhado cultural faz do Brasil o que ele é, tanto a imagem que exporta, como a que os próprios brasileiros têm de si. Porém, este não é o problema, a questão é que após séculos de colonização e posteriormente o Imperialismo, que predominou sobre os países mais pobres, acarretaram na desvalorização da cultura regional, consequentemente na produção local e na economia nacional. Nesse contexto, é importante que se perceba a importância de políticas públicas e educativas que gerem na população a consciência do quão importante para o país à valorização da nossa cultura, principalmente presentes nos produtos feitos pelas indústrias nacionais e com a cara do Brasil.

Muito antes de se falar em globalização, o brasileiro já era tomado de referencias européias. Até o século XIX nenhuma outra moda poderia ser aceita nos grandes salões de festas da aristocracia brasileira, se não a francesa. Nem as manauaras eram exceções, em plena floresta tropical eram “obrigadas” a se cobrir da cabeça aos pés, com modelos e tecidos franceses que eram importados com o dinheiro do ciclo da borracha. No século XX os americanos exportavam o cinema e com ele o “American way of life”, influenciando a moda, o corte de cabelo, maquiagem, eletrodomésticos, carros, enfim, todo o estilo de vida americano, fazendo de seus produtos sonho de consumo entre homens e mulheres. Nem a chegada da televisão no Brasil na década de 50, com novelas nacionais, onde teoricamente retratava o estilo de vida brasileiro, conseguiu mudar o quadro de tamanha influencia, até porque, o que mais era explorado nas novelas eram, ambientes de luxo, totalmente inspirados nos modelos do cinema americano.

É fácil entender o poder de sedução que esse estilo de vida de consumo e modernidade sobre as pessoas, sobretudo as mais humildes, florescendo nelas um imaginário de esperança de melhorar de vida, e o melhorar de vida é ter uma vida como as de estrela de cinema.

Desde a infância, sem que ninguém perceba, as crianças são inocentemente apresentadas a entretenimentos que não lhes apresenta suas origens brasileiras, ao contrário, as meninas estão acostumadas a bonecas altas, magras, loiras, olhos azuis e de seios fartos. Aos meninos são oferecidos heróis japoneses e animais jamais vistos na fauna brasileira. Os Buffets infantis em sua maioria estão repletos de motivos de princesas Disney entre outros heróis, heroínas ou qualquer outro bichinho engraçadinho que carregue uma bandeira azul e vermelha.

Diante desses fatos, se torna complicado exigir da indústria nacional produtos 100% com a cara do Brasil, sem que antes haja um processo em longo prazo de resgate da cultura nacional em várias estâncias. Por outro lado, a concorrência com os produtos internacionais de baixíssimo custo, como da china, exige das indústrias nacionais uma postura calcada na produção de uma identidade regional própria como diferencial competitivo.

Alguns “produtos” como as havaianas e a bossa nova, são mais reconhecidos no exterior do que no próprio país de origem. As havaianas, mesmo sendo uma febre nacional, precisou primeiro ser reconhecida na Europa, para que depois os brasileiros reconhecessem seu valor.

Outro exemplo de desvalorização dos produtos locais, são as gemas brasileiras como as Águas-Marinhas, Citrino, Topázios e Turmalinas, que hoje são consideradas estrelas da joalheria internacional, mas muitos brasileiros desinformados se referem a essas valiosas pedras como “semi-preciosas”, uma expressão que não é mais utilizada há aproximadamente meio século, ainda assim alguns insistem nela, na tentativa de desvalorizar as pedras preciosas brasileiras, que ajudam a levar o nome do Brasil com soberania pro resto do mundo.

Outra questão que também envolve as gemas brasileiras, é a lapidação, que pouco ou nada explora técnicas com referências nacionais, como já acontece em algumas empresas joalheiras do exterior, que utilizam formas diferenciadas e modernas na lapidação do diamante, como diferencial estratégico.

Uma das propostas de solução para esse problema em logo prazo, são ações educativas, que envolvem desde o ensino fundamental e também principalmente a inclusão de disciplinas teóricas que atentem para este fato nos cursos de Design, já que as escolas são carentes nesse quesito, como conclui o Vice-Reitor da Universidade do Estado de Minas Gerais – UEMG, Dijon de Moraes, “Existem boas Escolas de Design no Brasil, mas em nível formativo técnico. Pouco existe de reflexão e de análise crítica. Menos ainda existe a inserção de nossa cultura e de nossos valores nos procedimentos didáticos”.

Atualmente, vários outros designers vêm demonstrando interesse nesse assunto, em publicações ou ações, como eventos de design voltados para essa temática, ou com a inclusão dela em alguma das suas atividades. Como o segundo Encontro Regional de Estudantes de Design do Centro-Oeste e Minas Gerais, realizado em Belo Horizonte - MG em 2006, que tinha como tema a preocupação com o resgate das origens mineiras no design, assim como o terceiro Encontro Regional de Estudantes de Design do Centro-Oeste e Minas Gerais, que também buscou no seu tema a ruptura com referências estrangeiras e a valorização da cultura nacional. O quarto Encontro Regional de Estudantes de Design do Rio de Janeiro e Espírito Santo, também tinha essa preocupação em valorizar a cultura regional através do design vernacular.
Não há nada mais disponível para nós, designers brasileiros, do que nossa própria cultura, basta olharmos mais para nosso quintal e menos para a TV, editoriais de moda e os cinemas enlatados que indústria imperialista nos oferece. Enquanto designers, educadores e formadores de opinião não se atentarem a isso, não mudaremos esse quadro.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

teste

estreando...